Luís Gonzaga Pinto da Gama[nota 1] (Salvador, 21 de junho de 1830 – São Paulo, 24 de agosto de 1882) foi um advogado [12], abolicionista, orador, jornalista e escritor brasileiro[7] e o Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil.[13][14]
Nascido de mãe negra livre e pai branco, foi contudo feito escravo aos 10 anos, e permaneceu analfabeto até os 17 anos de idade. Conquistou judicialmente a própria liberdade e passou a atuar na advocacia em prol dos cativos, sendo já aos 29 anos autor consagrado e considerado “o maior abolicionista do Brasil”.[15]
Apesar de considerado um dos expoentes do romantismo,[3] obras como a “Apresentação da Poesia Brasileira“, de Manuel Bandeira, sequer mencionam seu nome.[16] Teve uma vida tão ímpar que é difícil encontrar, entre seus biógrafos, algum que não se torne passional ao retratá-lo — sendo ele próprio também carregado de paixão, emotivo e ainda cativante.[17] A despeito disto o historiador Boris Fausto declarou que era dono de uma “biografia de novela“.[18]
Foi um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX, o único autodidata e o único a ter passado pela experiência do cativeiro. Pautou sua vida na luta pela abolição da escravidão e pelo fim da monarquia no Brasil, contudo veio a morrer seis anos antes da concretização dessas causas.[19] Em 2018 seu nome foi inscrito no Livro de Aço dos heróis nacionais depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.[20]